Filosofia no cotidiano

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A facilidade de acesso a informação é um fato para aqueles que navegam na internet. No entanto, assim como uma moeda, a avalanche de informações que estão disponíveis na rede mundial também tem um outro lado e é sobre esse lado que desejo falar: O excesso de informações repetidas.
O que leva alguém a copiar textos de outros ao invés de criar algo novo? Ou mesmo reelaborar coisas? Já ouvi muito que isso acontece porque é mais fácil copiar do que pensar. Há inúmeros sites com trabalhos prontos, os quais são "baixados", comprados por estudantes, seja para um trabalho de graduação ou mesmo para algo mais elaborado (como a pós graduação strictu sensu). Me atrevo a trazer uma outra visão a este respeito. O medo de se expor na academia, da crítica. O medo de que o outro perceba que você não escreve tããão bem, que ainda está engatinhando em algum aspecto do conhecimento. Assim, tenho experiência de encontrar alunos que "não se mostram em seus textos". Trabalhos que parecem mais um muro sem reboco, no qual cada tijolo é um autor diferente sendo citado. Aí eu pergunto: O que, efetivamente, estes pseudo-trabalhos tem ajudado a construir um pensador, pesquisador? Penso que precisamos nos aceitar mais, para nos mostrar. Fazer o exercício de aprender a escrever, de aceitar críticas, argumentar. Enfim, de desenvolver-se intelectualmente e emocionalmente. Na posição de professores, precisamos trabalhar com o material humano real que nos chega e, a partir dele, construirmos uma educação que avance, que nos torne melhores do que somos, de sermos mais gente!